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diálogos, propuestas, historias para uma cidadania mundial

ONGs da America Latina e Caribe encontram-se com Banco Mundial e Governos - III

Sergio SCHLESINGER

04 / 1996

Banco se dispoe tambem a ampliar sua politica de transparencia das informacoes. E necessario disponibilizar informacoes sobre projetos desde a etapa de sua elaboraçao, e nao somente apos sua aprovaçao. O Banco se propoe tambem a expandir a experiencia decriaçao de centros de documentaçao na regiao, podendo inclusive sediar em uma ONG um destes centros, experimentalmente.

O investimento em educaçao e pre-requisito para um processo real de desenvolvimento participativo, para a constituiçao de uma socieda de civil.

O entorno cultural deve sempre ser levado em conta quando da elaboraçao de projetos, de forma que os programas economicos e sociais de carater macro nao violentem as formas de organizaçao comunitaria existentes, as identidades etnicas etc. E n ecessario aprender a ouvir as comunidades, antes de comecar a atuar.

Na formaçao de recursos humanos, deve-se considerar a participaçao dos diversos setores como protagonica, e nao apenas funcional. Eles devem ser preparados para o manejo e gerenciamento dos projetos. A avaliaçao dos resultados dos projetos deve incluir documentaçao que permita identificar passos metodologicos basicos.

Problemas burocraticos sao obstaculo a circulaçao dos recursos dos fundos e a sua administraçao. A circulaçao de informa coes entre as instituicoes participantes e tambem muito deficiente.

No entanto, o Banco e os governos devem deixar de encara-las apenas como executoras de projetos previamente elaborados, reformulando sua politica de participaçao da sociedade civil.

Da sessao de encerramento do Encontro, destacamos a reaçao de Shahid Javed Burki, Vice-presidente Regional do Banco Mundial, as propostas apresentadas. Este reconheceu inclusive os efeitos das crises atuais em nossa regiao sobre as camadas mais pobres, bem como o papel que as ONGs devem representar no tocante a transformaçao deste quadro. Afirmou tambem seu apoio a proposta de que as ONGs devem participar e influir na elaboraçao das definicoes mais gerais das politicas em questao.

De toda forma, a impress ao geral e de que, apos superada uma primeira fase, as ONGs e comunidades diretamente envolvidas obtiveram o reconhecimento de serem capazes, por sua inserçao e pratica, de fazer com que os recursos destinados a projetos sociais sejam aproveitados de maneira mais eficaz do que aqueles geridos e implementados exclusivamente pelo Estado.

No entanto, o Banco e os governos devem deixar de encara-las apenas como executoras de projetos previamente elaborados, reformulando sua politica de participaçao da soc iedade civil.

Palavras-chave

dívida externa, banco mundial, pobreza


, América Latina

Comentários

Ja quanto a abertura do Banco ao dialogo sobre as politica mais gerais, como as de ajuste economico, o Encontro nao apresentou, a nosso ver, progresso efetivo. Como tais politicas, reafirmarmos, estao na origem dos problemas abordados, sua inclusao efetiva na agenda de debates deve seguir sendo nossa prioridade.

Para isto, devemos igualmente investir esforcos no sentido de atuar de maneira cada vez mais articulada, capacitando-nos tambem a formular mais objetivamente novas alternativas para o combate ef etivo a pobreza. Nesta direcao, a Rede Brasil sobre Instituicoes Financeiras Multilaterais, recentemente criada, podera se constituir numa importante iniciativa, no sentido de dar maior substÔncia e efetividade a nossas propostas e desejos.

Fonte

Documento de trabalho

PACS (Instituto Politicas Alternativas para o Cone Sul) - Av. Rio Branco, 277, sala 1609 – Centro – Rio de Janeiro - RJ - BRESIL - CEP: 20.040-009 - Fone/fax: (21) 2210-2124 - Brasil - www.pacs.org.br - pacs (@) pacs.org.br

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