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O Registro : um desafio para o educador

Margarida Costa ROSAS

06 / 1997

São tantos os desafios que nos impõe essa atual conjuntura que muitas vezes não conseguimos realizar o que desejamos no nosso trabalho de educadores.

Um destes desafios é saber registrar as nossas atividades, é escrever nossos projetos, é definir nosso objetivo de trabalho, nossas metas (curto, médio, longo prazo), ou simplesmente elaborar um fax para uma agência de cooperação.

Nessa hora observamos como é frágil nossa educação, como aprendemos "mal" a colocar no papel nossos desejos/sonhos, seja numa redação para vestibular, seja numa poesia de adolescente, seja até numa carta de amor ou simplesmente na interpretação de um texto de escola.

Não é fácil se expressar com o papel, quando nossa cultura é oral, quando o incentivo é para que expressemos tudo na fala, no gesto.

E essa dificuldade segue em frente pelas nossas vidas - escolar, de trabalho - até que um dia somos solicitados a elaborar um projeto, um relatório de atividades, um plano de aula. E aí, bate aquele medo! Como resolver essa bronca?

Corremos prum lado, pedimos socorro, relemos mil relatórios, copiamos trechos de um e de outro, e sentimos nossa falha, nossa dificuldade enorme de saber escrever com clareza, com objetividade.

O pior é que quem trabalha com educação sabe que pode demorar, mas um dia essa necessidade se fará presente, e sempre com urgência: "para ontem".

Nesse momento de tantas solicitações, prazo, clareza, estética, etc ficamos atordoados e levamos a situação no improviso, com mil dedos em cada mão. É por essas e outras que vale a pena "treinar" o escrever em registros" diários das aulas (para nós mesmos), em cartinhas simpáticas para os amigos, etc. E aproveitar o BAM, que temos nas nossas mãos, e que é um espaço de troca supimpa, pois não precisamos escrever só sobre educação ou sobre trabalho ou sobre algo "sério". Podemos utilizá-lo para refletir a vida, para discorrer sobre aquele último filme que nos tocou de uma maneira especial ou mesmo para filosofar, poetizar, conversar.

Entendo como um prazer poder dividir o que penso com outras pessoas, até desconhecidas, que podem discordar, aceitar ou não o que sinto. Mas sei que o fato de ir colocando sentimentos no papel soa como mais uma folhinha ao vento, que junto com outras folhas irão formar um tapete nesse chão do tempo.

Palabras claves

autoformación, educación popular, educación, banco de datos


, Brasil, Recife, Pernambuco

dosier

Estimular o registro e a sistematização de experiências pedagógicas

Notas

Margarida faz parte do Coletivo de Educadores de Jovens e Adultos de Pernambuco e integra a Comissão de Interligação desse Coletivo.

Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.

Fuente

Texto original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brasil - sape (@) alternex.com.br

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