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Visita à exposição de Monet no Museu Nacional de Belas Artes

Um projeto pedagógico além da sala de aula

Liene Fernandes de BARROS

07 / 1997

Ser analfabeto em um mundo letrado como o nosso é como ser um estrangeiro em seu próprio país. Esta sensação de inadequação, de exclusão, faz com que muitos se sintam impedidos de freqüentar lugares tradicionalmente considerados de difusão cultural.

Esta sensação se tornou clara quado iniciamos o Projeto de Visita à exposição Monet (Museu Nacional de Belas Artes - maio de 1997). Num primeiro momento os alunos se mostraram surpresos e arredios, alguns chegaram a afirmar que não iriam por não terem roupas adequadas ou outras desculpas deste tipo.

Despertar o interesse deles pelo assunto era fundamental. Uma monitora de Educação Artística que trabalhava na exposição fez uma pequena palestra e aproveitou a ocasião para perguntar quem já havia visitado um museu. Na conversa que se seguiu descobriu-se que alguns já conheciam museus e, ao contarem esta experiência conseguiram diminuir um pouco a ansiedade dos outros.

A visita revelou-se um sucesso: a presença de praticamente todos os alunos (apenas um faltou, por problemas de saúde), o entusiasmo quase infantil com que passavam pelos corredores, bem como a lembrança do que havia sido discutido em sala de aula, assim o demonstraram.

As aulas seguintes foram muito ricas. Os alunos queriam falar da experiência da visita. Escreveram sobre isso, fizeram roteiros e avaliaram. Como forma de encerramento propusemos que registrassem suas impressões em quadros de aquarela. Novas surpresas. Descobrimos artistas não revelados.

No início inseguros, os alunos terminaram essa experiência surpresos e orgulhosos dos resultados conseguidos. E nada poderia ser mais gratificante do que percebê-los mais seguros e confiantes; conscientes do seu direito de ocupar espaços até então interditados a eles.

Mots-clés

éducation populaire, éducation


, Brésil, Rio de Janeiro

dossier

Stimuler la systématisation d’expériences pédagogiques

Notes

Liene é estagiária do PROALFA (Programa de Alfabetização, Documentação e Informação)que funciona na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O relato acima foi feito a partir de um trabalho realizado com adultos em processo de letramento.

Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.

Source

Récit d’expérience ; Texte original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brésil - sape (@) alternex.com.br

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