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Ensinar a escrita e a leitura nas aulas do Projeto Educar Para a Vida

Andréa Faria de ALMEIDA

07 / 1996

Nós aqui do Projeto Educar para a Vida já estamos caminhando para os cinco anos de existência. A maior de todas as preocupações nesses anos com certeza foi o método a utilizar para com os alunos. Como ensinar sem confundir e de forma bem simples e clara.

Nós, como educadores, observamos que os alunos estão integrados com a realidade e a proposta que o Projeto tem para transmitir e também com eles mesmos. Sabemos que na parte de conteúdos (leitura e escrita)cada um vai progredindo de acordo com as suas dificuldades e temos consciência de que isso não muda de um dia para o outro, pois é fruto de muitos e muitos anos de ausência de estudo para a maioria deles. Lembrando ainda que o que já foi dado no passado ainda afeta hoje. Como trabalhar mostrando uma realidade totalmente diferente de antigamente?

Para mim particularmente, me sinto solta. Sou professora, e daí?De primeira à quarta séries, normalista, formada em 1988 para "dar aulas" para crianças. Hoje me vejo dando aulas para pessoas com o dobro de minha idade, com uma bagagem e experiências de vida que nunca vivi. Aí o receio de ensinar sem me mostrar repetitiva ou até mesmo chata.

Como despertar o gosto pela escrita, quando nós mesmas temos esta dificuldade? Não somos herdeiros da busca pela escrita, pois fazemos parte de uma sociedade que não nos incentiva a ler ou questionar as situações. Mesmo assim estamos conscientes do nosso envolvimento nessas descobertas (não como um todo), mas ao que nos cabe como educadores que somos.

Eu sei que mesmo sabendo dessas "dificuldades" (dificuldades que só acabarão com o meu interesse), é gratificante poder trocar experiências com esses "alunos" que algumas vezes são os "educadores" nessas aulas do Projeto Educar Para a Vida.

Palavras-chave

educação popular, educação, alfabetização


, Brasil, Imbariê, Rio de Janeiro

Notas

Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.

Fonte

Texto original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brasil - sape (@) alternex.com.br

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