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Avaliação Diagnóstica: um ponto de partida

Fátima FERNANDES, Vânia Nunes MORGADO

03 / 1996

O trabalho de alfabetização com os alunos do Programa de Educação Juvenil do Município do Rio de Janeiro, inicia-se a partir de uma avaliação diagnóstica e permanente. Para conhecer seus alunos, saber o nível dos seus conhecimentos, seus interesses, seus próprios valores, suas experiências anteriores - o professor precisa ser um observador atento; acompanhando todas as manifestações que eles expressam, seus desempenhos. Portanto, não apenas a partir de uma única situação de avaliação que o professor chega a conclusões sobre seus alunos, mas sim de muitas situações observadas. Isto é, assumir o diagnóstico da aprendizagem continuamente, para tomar a decisão de ultrapassar as dificuldades detectadas.

Dessa forma, nós professores não classificamos os alunos (bom, médio, ruim, etc)mas constatamos sua situação naquele momento e partimos para a ação que poderá modificar seu desempenho.

O procedimento habitual do professor durante todo o tempo de trabalho é tentar resgatar a identidade de cada um, através de processos de socialização (trabalhos em grupo)despertando o pensamento crítico para uma valorização da participação através de suas potencialidades.

O professor sempre vai ensinar, avaliar, replanejar, começar de novo, reforçar os pontos de dificuldades. Enfim, verificar e propor novas formas de trabalho, não esperando o final do ano para chegar à conclusão de que não há mais nada a fazer.

Entendemos o PEJ como um processo de aquisição de conhecimentos e técnicas que habilitam o jovem a ler e compreender, escrever, expressar-se oralmente, realizar operações matemáticas e domínio das noções fundamentais das ciências naturais e sociais, conhecimentos esses que contribuem para um posicionamento crítico, assim como para a sua participação mais ampla individual e grupal, e mais segura na vida moderna, mostrando o mundo e suas constantes mudanças.

A clientela do PEJ é marginalizada do processo social, político, econômico e cultural devido a falta de conhecimentos básicos para o dia-a-dia desses alunos.

O processo de alfabetização escolhido para trabalhar com esses alunos é o Método Analítico - usamos Palavração.

Mostrando as diferenças gráficas e fônicas das palavras, palavras estas escolhidas levando-se em conta a realidade de cada aluno, seu cotidiano, seus interesses, carga emocional relacionada à vida pessoal do aluno e seu conteúdo político-social e econômico.

Aproveitamos esse momento para a discussão de questões ligadas à cidadania ou situações que retratam aspectos sócio-econômicos ou mesmo políticos da realidade dos alunos.

Depois do processo analítico usamos o processo sintético, que são operações básicas para a aprendizagem da leitura.

Os objetivos operacionais que traçamos no início do ano, às vezes, sofrem modificações devido ao processo dinâmico da globalidade do ser humano.

A participação ativa do aluno implica que: como ser humano modifique o mundo e o processo de alfabetização levando em conta sempre o resultado de produção e recriação de homens.

Palavras-chave

cidadania, alfabetização, educação popular, educação


, Brasil, Rio de Janeiro

Notas

Através do insentivo à produção e leitura de fichas de capitalização de experiências pedagógicas, a rede BAM pretende favorecer a um processo de formação continuada junto a coletivos de educadores de jovens e adultos (hoje, existentes nos estados do Rio de Janeiro e Pernambuco). Está apoiado numa metodologia que valoriza a autoria e promove a interação entre educadores de diferentes contextos.

Fonte

Texto original

SAPÉ (Serviços de Apoio à Pesquisa em Educaçào) - Rua Evaristo da Veiga, 16 SL 1601, CEP 20031-040 Rio de Janeiro/RJ, BRESIL - Tel 19 55 21 220 45 80 - Fax 55 21 220 16 16 - Brasil - sape (@) alternex.com.br

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